Em “A Maldição, a Princesa e o Docinho de Framboesa” foi-me apresentado um desafio: um filme de zumbi, de princesa, com alucinógenos, cigarros falsos e uma cena onde a protagonista come um gato. E em preto e branco. 
Todas as decisões, desde o moodboard até a confecção dos objetos de cena, deveriam ser pensadas no que ficaria melhor no preto e branco. As roupas precisavam ser em um tecido fácil de lavar, pois o sangue era muito comum nas cenas e todos os personagens em algum momento se tornam zumbis.
O que precisávamos no zumbi é que ele pudesse ser construído gradualmente e também construído por cima de outra maquiagem, já que a protagonista se torna zumbi com uma maquiagem de festa. A solução que pensamos, então, foi que a maquiagem de festa teria muito brilho e a caracterização de zumbi viria por um contorno muito marcado em uma cor forte na câmera.
As cenas da Princesa seriam as únicas coloridas no curta. Todo o cenário e a caracterização foi idealizado para algo mais teatral, algo que fosse claramente falso e perceptível que se passasse na cabeça da personagem.
Os demais personagens foi seguido a construção que os atores fizeram, a Rosa sendo uma personagem mais fofa e alegre, o Flávio alguém mais confortável e o primeiro zumbi, que foi mordido ao sair de uma festa.
O gato morto foi o desafio mais legal de executar. Precisava ser firme e parecer um gato de verdade. O esqueleto foi feito com arame, a carcaça com garrafa PET e jornal e a pele com tecido de camurça. Os órgãos foram feitos com massa e o fígado (que a Alice come) foi feito com marshmallow. Todo o sangue falso usado no curta era comestível, pois em muitas cenas o sangue estava na boca dos personagens.

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